VijnanamayaKosha: o corpo de sabedoria e a 4ª manifestação do SER

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Vijnana significa sabedoria e é neste corpo que mora a capacidade discriminativa da mente, chamada em sânscrito de Viveka. De forma mais profunda, a mensagem fundamental do Yoga aponta para a distinção entre o que é real e permanente daquilo que é irreal e impermanente na vida. O sábio é aquele que sabe claramente na prática a diferença entre ambos.

Neste Kosha encontra-se Sakshi, a consciência testemunha. Quando tal consciência é revelada e despertada, uma grande “chave é virada” pois percebe-se que há algo além de pensamentos acelerados e emoções conturbadas. Há um espaço de silêncio e observação, independente do que se observa.  

No corpo de sabedoria há o reconhecimento de crenças e condicionamentos limitantes que afunilam pensamentos e geram reações não deliberadas. Ao acolher padrões restritivos com objetividade e clareza, sem rejeição ou julgamento, inicia-se o processo natural de dissolução dos mesmos.

Nesta dimensão, ocorre a descoberta de um grande poder no Yoga: a escolha. Escolher ser grato ou não, comer saudável ou não, escolher companhias altruístas ou não, até as escolhas mais sutis, como onde colocarei minha atenção, qual distração permitirei ter, qual pensamento irei alimentar minha mente. Saber escolher em prol de si mesmo é um grande poder! 

Dois ingredientes consideráveis estão relacionados ao Vijnanamayakosha: o elemento espaço e o estado sáttvico (equilibrado). O elemento espaço é um grande facilitador para escolhas deliberadas e conscientes, uma vez que respeita-se a distância e o tempo, que em muitas ocasiões são remédios naturais. Já um estilo de vida baseado no Yoga é pautado no equilíbrio. A equanimidade perante sucesso e derrota, felicidade e tristeza, dor e prazer pois, intrinsecamente sabe-se que tais polaridades são impermanentes e passageiras. Então, o que fica?

O espiritualista Michael Singer elucida:

“Em algum momento no seu caminho, você começa a se tornar mais quieto por dentro. Isso acontece naturalmente quando você se aprofunda na prática. Você se dá conta que a quietude sempre esteve presente, mas completamente soterrada pela imensa quantidade de pensamentos, emoções que atraem a atenção. E quando você percebe tudo isso, você se dá conta que pode ir além de todas as distrações e perturbações. Quanto mais você se conecta com a consciência de que você é, completamente independente do que você está observando, aí está a saída.”

Texto: Renata Meire