Anamayakosha: o corpo de alimento e a 1ª dimensão do SER

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O corpo de alimento- Anamayakosha

O Yoga tem uma linguagem sensível e particular quando nos comunica que o ser humano é integrado. A palavra holística está em “alta” mas será que sabemos o que isso significa? Podemos buscar a fonte deste assunto em muitos lugares. No texto de hoje as referências são do Taittirya Upanishad, escritura indiana com cerca de 3.000.

Kosha significa invólucro e no sistema védico temos cinco corpos em que o nosso “Ser Real”, atman, manifesta-se. A espiritualidade é revelada através de formas, afinal, estamos em um plano material.

O 1º Kosha chama-se Anamayakosha, o corpo de alimento.

Ana– alimento;

Maya-natureza;

Kosha– corpo, invólucro;

Este invólucro fica mais perto do nosso corpo material e é responsável pelos cinco elementos: terra, água, fogo, ar e espaço, assim como pelos doze sistemas corporais: sistema esquelético, muscular, respiratório, digestório, eliminatório, urinário, reprodutivo, cardiovascular, endócrino, linfático, imunológico e nervoso.

O Yoga é o estilo de vida que busca a consciência e equilíbrio dos cinco elementos da natureza que habitam em nós e consequentemente, no harmônico funcionamento dos sistemas corporais. Afinal, um está totalmente integrado ao outro.

Em Taittirya Upanishad é dito:

“Quaisquer seres vivos que estejam baseados na terra nascem do alimento. Vivem somente com o alimento. Finalmente, se dissolvem neste (alimento). O alimento é certamente o primeiro dos seres. Portanto, é dito ser o remédio para todos…Os seres nascem do alimento. Nascidos, eles crescem pelo alimento. Alimento é aquilo que é comido e aquilo que come os seres, por isso, é chamado de ‘annam’”.

O 1º passo para uma vida espiritual não é negar o corpo físico, mas aceitá-lo, respeitá-lo e compreender que este é um temporário, porém divino veículo, para experienciarmos a espiritualidade, buscando aprender e evoluir.  Quando passamos a assimilar que somos seres espirituais vivenciando experiencias terrenas (e não o contrário), tudo passa a fazer mais sentido.

Namastê

Hari Om!

Texto: Renata Meire